A Estela de Merneptá: A Primeira menção de "Israel" Fora da Bíblia
- Filhos para Jesus

- 11 de mai.
- 3 min de leitura
A Bíblia fala de Israel como uma nação escolhida por Deus, com uma história rica e profunda. Mas será que esse Israel realmente existiu no período antigo? A arqueologia responde com uma pedra milenar que ecoa através dos séculos: a Estela de Merneptá, o mais antigo registro extrabíblico já encontrado que menciona o nome “Israel”. Esta descoberta não apenas confirma a existência do povo hebreu na terra de Canaã no século XIII a.C., como também levanta importantes reflexões sobre a fidelidade histórica do Antigo Testamento.
O que é a Estela de Merneptá?
A Estela de Merneptá é uma enorme laje de granito negro com mais de 3 metros de altura e cerca de 500 linhas de texto hieroglífico. Ela foi esculpida por ordem do faraó Merneptá, filho de Ramsés II, que governou o Egito por volta de 1213–1203 a.C..
A inscrição celebra as vitórias militares do faraó, especialmente em Canaã. Em meio à lista de povos derrotados, uma linha se destaca:
“Israel está devastado, sua semente não existe mais.”
Essa frase aparece na linha 27 da estela e representa a primeira menção conhecida do nome "Israel" fora da Bíblia, situando-o como um povo já estabelecido na região de Canaã no século XIII a.C.
Descoberta e localização atual
A estela foi descoberta em 1896 pelo arqueólogo Flinders Petrie, em Tebas (atual Luxor), no Egito, no templo funerário de Merneptá. Curiosamente, ela foi esculpida no verso de uma estela mais antiga do faraó Amenófis III, que foi reaproveitada pelo novo faraó — uma prática comum no Egito antigo.
Hoje, a Estela de Merneptá está preservada no Museu Egípcio do Cairo.
Importância histórica e arqueológica
O mais impressionante na Estela de Merneptá é que ela coloca Israel como um povo já presente e reconhecido em Canaã por volta de 1208 a.C., o que tem implicações profundas para a cronologia do Êxodo e da conquista da Terra Prometida.
Diferente de cidades-estado listadas na estela (como Ashkelon e Gezer), “Israel” é descrito com um determinativo gramatical egípcio que indica “povo” e não “território”, ou seja, os egípcios viam os israelitas como uma entidade étnica ou tribal, ainda não organizada como nação com território definido — o que se alinha com o relato bíblico dos hebreus entrando e se estabelecendo gradualmente em Canaã.
Conexão com a fé cristã
Para cristãos, essa estela reforça a credibilidade do Antigo Testamento, mostrando que o povo de Israel realmente existia como uma identidade distinta naquela época. Isso serve como um ponto de contato entre a revelação bíblica e a história documentada por outras civilizações da antiguidade.
Mais do que uma simples “confirmação externa”, a Estela de Merneptá mostra que a fé bíblica é ancorada na realidade histórica, e que o Deus da Bíblia age na história concreta de povos e nações. O nome de Israel está gravado na pedra por seus inimigos — e sobreviveu, não como um povo derrotado, mas como parte do plano eterno de Deus.

A Estela de Merneptá é mais do que um monumento de guerra — é um marco arqueológico que prova que Israel era real, presente e ativo no cenário do Oriente Médio antigo. Para quem crê nas Escrituras, ela serve como uma evidência poderosa de que a fé bíblica se desenrola dentro do tempo e da história, e não no mito ou na lenda. O povo cuja “semente não existia mais”, segundo o faraó, continua existindo até hoje — e sua história segue viva nas páginas da Bíblia e nas pedras do deserto.
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